terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Transferência de presos leva alívio e sensação de segurança a Paranaguá



A 1.ª Subdivisão Policial de Paranaguá amanheceu silenciosa e vazia nesta segunda-feira (2). A sensação de tranquilidade é completamente inusitada para a comunidade local e até para os policiais. A delegacia abriga a cadeia mais antiga do Paraná. Estava sempre superlotada e representava foco permanente de tensão no centro da cidade portuária. A capacidade era para 30 presos, mas chegou a abrigar mais de 270. No fim de semana, todos os 220 presos restantes foram transferidos para uma nova ala construída pelo Governo do Paraná, na Penitenciária Central do Estado, em Piraquara (Região Metropolitana de Curitiba), sob responsabilidade da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos.

“É um alívio para todos. Vamos reformar as instalações e transformar uma parte em salas cartoriais, para atender à população. Teremos no máximo 20 presos, que permanecerão apenas o tempo suficiente para investigações do inquérito e serão transferidos, assim que a denúncia criminal apresentada pelo Ministério Público seja recebida pelo juiz de Direito”, explicou o delegado Miguel Stadler, titular da 1.ª SDP.

Stadler afirmou que as condições de detenção de presos no Litoral devem melhorar muito a partir deste ano, porque serão construídas novas delegacias em Paranaguá, Guaratuba, Matinhos e Morretes, em padrão mais moderno para atender ao cidadão.

PASSO – A secretária da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Maria Tereza Uille Gomes, disse que a transferência dos presos que superlotavam aquela carceragem é um momento histórico e um passo muito importante para o Paraná, que tem a segunda pior situação do país de cárcere em delegacias. Em janeiro do ano passado, eram 16 mil presos nesta situação e restam ainda 12 mil presos para serem transferidos.

Maria Tereza visitou as dependências da delegacia, em Paranaguá, nesta segunda-feira e falou sobre o cronograma de abertura de novas vagas no sistema penitenciário para acabar com a superlotação de cadeias também em outras regiões do Estado. “Temos o compromisso no plano de governo de criar 6 mil vagas em quatro anos, mas devemos chegar a 12 mil, com a construção de presídios em parceria com o governo federal. O investimento previsto é de R$ 160 milhões”, afirmou a secretária.

Nenhum comentário:

Postar um comentário