sábado, 18 de dezembro de 2010

Beto diz na Assembléia que fará auditoria nas contas do Estado


Em aparição surpresa na Assembleia Legislativa, ontem, durante as sessões de encerramento do ano legislativo, o governador eleito Beto Richa (PSDB) disse que irá fazer uma auditoria nas contas do Estado no próximo ano para saber o tamanho real do caixa do Estado. "Os números que tivemos não são nada otimistas", afirmou o governador eleito, citando que o atual Secretário da Fazenda, já admitiu em entrevistas que o próximo governo terá dificuldades orçamentárias.
Por enquanto, cada lado apresenta seus números, comentou Beto, mencionando que Arzua já alertou sobre a reduzida capacidade de investimentos do estado. "Nós pretendemos fazer uma auditoria para apresentar os verdadeiros números", declarou o governador eleito, que disse não estar ainda a par dos projetos aprovados pela Assembléia Legislativa neste final de ano, que devem aumentar os gastos do Judiciário e Legislativo com a folha de pagamento de pessoal.

Beto ensaiou uma crítica ao atual governo devido às despesas que estão sendo geradas nestes últimos dias da gestão do PMDB no Estado. "No apagar das luzes, querem criar estruturas que serão implantadas só no ano que vem". Mas depois, refluiu e afirmou que o atual governo tem legitimidade para atuar. "O governo ainda não acabou. Até o último dia, a prerrogativa é deles", emendou.

Depois de enfrentar um primeiro impasse com o Poder Judiciário, que teve um incremento de R$ 270 milhões em suas dotações para o próximo ano, Beto disse que a questão já está "encaminhada". Antes de ir à Assembleia, Beto esteve na reunião do Órgão Especial do Tribunal de Justiça. "A questão já está bem encaminhada. Buscamos um orçamento próximo daquilo que propusemos no período eleitoral", afirmou.

Para o governador eleito, não há contradição entre o reforço nas verbas do Judiciário e a sua decisão de impedir a regulamentação da Defensoria Pública este ano. O projeto foi aprovado em primeira discussão na Assembleia Legislativa e a conclusão da votação ficou para o próximo ano. "Todos sabem que está no nosso plano de governo. Se não foi criada agora, vamos criar depois", assegurou.

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