A perigosa aproximação do adversário, o senador Osmar Dias (PDT), nas pesquisas de intenções de votos, deu uma chacoalhada na campanha do tucano Beto Richa ao governo. A constatação é do presidente estadual do PSDB, deputado Valdir Rossoni, que considerou que os tucanos e aliados estavam dando a eleição como ganha e descuidaram do ritmo da campanha.
“Uma parte da militância já tinha embarcado no clima do já ganhou. Essa oscilação veio a tempo de corrigir”, disse o dirigente tucano. O chamado “efeito Lula” que teria impulsionado a campanha de Osmar Dias, que subiu quatro pontos de acordo com sondagens dos institutos Datafolha e Ibope, é desprezado pelos tucanos. “Nossa medição interna não aponta esse efeito. O presidente foi em Foz do Iguaçu e nós medimos as intenções de votos. Não houve nenhuma alteração”, afirmou o tucano.
Ontem, a coordenação da campanha de Beto reuniu cerca de quatro mil pessoas no restaurante Madalosso, em Curitiba. Prefeitos, vereadores, ex-prefeitos e lideranças dos partidos aliados foram convidados a debater a organização das duas semanas finais da campanha. “Acho que o choque da pesquisa foi salutar porque foi uma reunião de definição da reta final da campanha aonde veio todo mundo. Para um encontro de terça-feira, superou as expectativas”, disse o presidente estadual do PSDB. Ele citou que, pelo menos, oito prefeitos dissidentes do PMDB participaram do encontro, onde o deputado estadual Dobrandino da Silva (PMDB) foi um dos oradores.
Cada um dos participantes do encontro voltou para casa com uma tarefa definida para realizar até o dia 3 de outubro. “A ordem é trabalhar”, disse o presidente do partido, afirmando que uma das ações que exigiram mais esforços nos últimos dias foi rebater os boatos espalhados pelos adversários, como a nomeação de integrantes da equipe do ex-governador Jaime Lerner na futura equipe de Beto, se ganhar a eleição. “Eles têm uma fábrica de sacanagens. A gente tem que ficar atento”, atacou.
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