sexta-feira, 8 de abril de 2011
Máquinas do DER começam desobstrução de estradas nas colônias de Paranaguá
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) reforça a partir deste fim de semana o trabalho em Paranaguá, no Litoral do Estado, mobilizando máquinas e homens para atuar na desobstrução e recuperação de estradas afetadas pelas chuvas de março. São tratores, retroescavadeiras e caminhões que ficarão em tempo integral na região por pelo menos duas semanas, trabalhando para restaurar acessos e recuperar as condições de tráfego nas áreas mais atingidas, de forma a permitir o escoamento da produção agrícola local. As máquinas e equipes somam-se a outras que já atuam nos municípios de Morretes, Antonina e Guaratuba.
As máquinas chegaram na tarde desta sexta-feira (08) à colônia Morro Inglês, em Paranaguá, onde será executada a primeira etapa dos trabalhos. Os equipamentos serão utilizados para desobstrução das estradas danificadas pela chuva do dia 11 do mês passado, que deixou isoladas dezenas de famílias na localidade.
A chegada foi comemorada por autoridades e moradores do Litoral. “É imprescindível a concretização das obras nos acessos a essas regiões”, disse o prefeito em exercício de Paranaguá, Fabiano Vicente Elias. “Temos que agradecer muito ao governador Beto Richa e ao secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, por nos ajudar neste momento difícil em nossa cidade, colocando máquinas para desobstruir estradas em nossas colônias.”
O trabalho deve durar semanas, já que há muita lama e restos de árvores que desceram do morro devido às fortes chuvas. O DER destacou duas equipes da patrulha rodoviária, que conta com o trabalho de 24 homens, uma pá carregadeira, uma motoniveladora, um trator esteira, uma escavadeira hidráulica e 5 caminhões. Caberá à Prefeitura de Paranaguá fornecer hospedagem e alimentação à equipe.
O engenheiro Sérgio Luiz Antoniassi, do DER, explicou que os trabalhos serão iniciados neste final de semana e ficam concentrados inicialmente no Morro Inglês. Depois, seguirão para a Colônia Santa Cruz. Serão preservadas as características originais das áreas atingidas, segundo ele. “Vamos observar, prioritariamente, as condições de tráfego. Onde encontrarmos madeira, por exemplo, vamos deixar de lado, porque a retirada será feita por outra equipe”, explicou.
A patrulha rodoviária está atuando desde as fortes chuvas que atingiram também Morretes, Antonina e Guaratuba. Foi responsável pela desobstrução das rodovias PR-408 e 410 (ambas em Morretes) e 340 (em Antonina). Há ainda equipes atuando nessas outras cidades e a ideia é concluir os trabalhos desta primeira etapa em 10 dias. “Tem muito serviço para executar. Quem está definindo o direcionamento que daremos ao nosso trabalho é a Defesa Civil e a Prefeitura”, completou Antoniassi.
O secretário municipal de Obras de Paranaguá, Geraldo Taques, lembrou que o trabalho das equipes “é muito bem-vindo”. “Temos só que agradecer por esse apoio, que vai contribuir para a volta à normalidade”, salientou. Desde 11 de março as equipes da Prefeitura de Paranaguá estão atuando para desobstruir estradas, recuperar leitos de rios e construir passagens molhadas, além de colocar pedras (rachões) em alguns pontos, para retomar os acessos às localidades rurais.
O agricultor José Matheus Celestino, de 56 anos, ficou feliz ao ver as máquinas do DER chegando ao Morro Inglês. A propriedade dele tem três alqueires e as roças de cana de açúcar, banana e mandioca ficaram devastadas pela força da água. Em alguns pontos, o terreno virou um emaranhado de restos de madeira e lama. “Estamos muito contentes e na expectativa pela solução dos problemas de acesso. Isso é mais do que necessário, porque temos famílias isoladas aqui”, afirmou Celestino.
LIBERAÇÃO – A Minerais do Paraná (Mineropar) emitiu um parecer recomendando o retorno de moradores do bairro Caixa D’água, em Antonina, para suas casas. São 40 pessoas que estavam abrigadas na Escola Municipal João Paulino e agora voltam para suas casas.
Em Paranaguá, 18 pessoas que tiveram as casas alagadas no bairro São Jorge encontram-se abrigadas na Igreja Bola de Neve. A Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) estuda a possibilidade de relocar os desabrigados para moradias provisórias. A empresa alugou casas para 48 pessoas que estavam abrigadas na Escola da Martha, em Morretes.
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